Call | Diversidades Culturais e Espaços de Intervenção

Chamada para trabalhos | Diversidades Culturais e Espaços de Intervenção

Coordenadores

Olga Magano (Uaberta, CIES-IUL, ISCTE-IUL)

Maria Manuela Mendes (FA-UL, CIES-IUL, ISCTE-IUL)

As sociedades contemporâneas são marcadas pela confluência nos espaços sociais e simbólicos de indivíduos de diferentes origens geográficas, sociais, étnicas e culturais. A convivência plural e multicultural é um objetivo que se pretende cumprir mas nem sempre conseguido de forma pacífica e plena. Por vezes, assiste-se a uma certa tendência para propostas de uniformização e homogeneização cultural, imposta através de políticas assimilacionistas, normas sociais e regulamentação social o que conduz a formas de distinção e distanciamentos entre as várias pessoas e grupos sociais de acordo com origens sociais (estatutos socioeconómicos, classe social), culturais, geográficas, etc.

Esta call no âmbito do XI Congresso Português de Sociologia sob o lema Identidades ao rubro: diferenças, pertenças e populismos num mundo efervescente e na secção temática Diversidades Culturais e Espaços de Intervenção visa propiciar um espaço de diálogo e troca de experiências sobre o estudo de diversidades culturais, relações interculturais, construção e reconstrução de processos identitários, sem esquecer a fluidez das fronteiras sociais e identitárias e a recomposição social com o surgimento de novas formas identitárias plurais, modos de vida, modelos de intervenção social e práticas de referência em termos de inclusão social de indivíduos ou grupos sociais de diferentes origens culturais e geográficas entre investigadores, interventores sociais, nomeadamente sociólogos cuja trajetória situa-se fora da academia e por vezes pouco conhecidos e reconhecidos, decisores políticos e a sociedade civil em geral. Apelámos à participação de todos os colegas académicos e não-académicos que estão envolvidos em projectos de investigação aplicada ou de investigação-acção sobre estas temáticas, para que apresentem comunicações orais sobre resultados e metodologias usadas, posters ou ainda documentos visuais como curtas-metragens ou pequenos filmes centrados p. e. em projetos locais, nacionais ou internacionais e intervenções inovadoras que possam constituir-se como boas práticas ou práticas de referência e que merecem ser conhecidas, aprofundadas e discutidas entre pares no seio deste Congresso.

A apresentação de propostas ao XI congresso no âmbito desta secção pode seguir dois modelos:

1. As propostas de apresentação oral no caso investigação básica/ pura ou aplicada, devem ter em conta as seguintes explicitações: enquadramento teórico (problemática); objetivos gerais e específicos; diagnóstico do contexto de intervenção (no caso de investigação aplicada); metodologia (de forma exaustiva), resultados (teóricos e teórico-práticos), conclusões (resposta a problemas teóricos), inovação (no caso de metodologia aplicada – identificação de produção de novo conhecimento, novas problemáticas, novas metodologias ou aperfeiçoamento e construção de cenários); avaliação (obrigatória apenas no caso da investigação aplicada: avaliação de projetos, análise de tendências, etc.); monitorização (obrigatória apenas no caso da investigação aplicada (em observatórios, equipas de acompanhamento de projetos).
2. de propostas provindas do meio não estritamente académico e de áreas mais ligadas à intervenção direta. Neste caso, admitimos 3 modalidades de participação: poster; documentos visuais como curtas-metragens ou pequenos filmes centrados p. e. em projetos locais, nacionais ou internacionais sobre metodologias e intervenções inovadoras e ainda a comunicação oral. Neste último caso, não é obrigatória a apresentação de enquadramento teórico nem a construção de uma problemática. Devem ser incluídos os objetivos gerais e específicos, o diagnóstico do contexto de intervenção; apresentação sumária da metodologia; resultados teórico-práticos e práticos e conclusões (respostas a problemas práticos); inovação (produção de novo conhecimento (sempre que não coberto ou insuficientemente coberto pela produção académica); Metodologias novas ou o seu aperfeiçoamento (para a resolução de problemas), Implementação de políticas e programas; avaliação (avaliação de projetos, análise de tendências, etc.) e monitorização (monitorização interna, ou externa).